quinta-feira, 5 de abril de 2018

Novo ciclo se inicia

Oi meus amores, tudo bom?
Hoje, eu decidi compartilhar com vocês algo bem pessoal da minha vida, mas que eu não tenho a mínima vergonha em falar.

Há quinze, quase dezesseis anos atrás eu tive um inicio de depressão. Foi uma barra! Pois, quando criança, quem nunca brincou perguntando ao colega " tomou seu remédio hoje?". E esse remédio era o tal do diazepam, que alguns já conhecem e outros, se não conhecem e nunca tomou pelo menos já ouviu falar. Quando eu fui ao psiquiatra. Eu fui super mal, porque eu sabia que não era doida, apenas estava com crises de ansiedade.

Pois é... lembro perfeitamente de tudo!
Ele só passou um antidepressivo. Só que, eu tinha crises de pânico pesadas, de ter medo de sair da cama para o banheiro e morrer. Sofri muito! Muito mesmo! Até que eu descobri que a música me acalmava. Comprei, na época um MP3, enchi de músicas do chiclete, Ivete, Claudia Leite, banda Eva, e as crises amenizaram. Daí eu larguei sem desmamar o remédio. Nunca façam isso!!!
A crise com um tempo voltou e dez vezes pior, quando eu tive um choque traumático: fui assaltada com arma na cabeça. Daí, eu tive depressão aguda, assim diziam os médicos, porém, eu nunca me entreguei. Eu estudava, trabalhava ( no marketing do orla sul). Foi quando eu tive a primeira grande crise. Estava trabalhando, e do nada, fiquei gelada, com o coração disparado, e me tremendo. Minha gerente me levou ao pronto socorro, e minha pressão estava alta, eu tinha uns 18 pra 19 anos. Me deram remédio para pressão e um calmante sublingual ( é assim que se escreve?). Melhorei, mas ela me liberou para ir para casa repousar, apesar de eu estar bem melhor, e eu amava meu trabalho. Mas... fui. Ela temia que eu passasse mal de novo.

Daí, com o passar do tempo, em uma semana, eu perdi minha moto porque meus pais tomaram, meu namoro terminou ( traição) e eu sai do estágio que eu tanto amava. Resultado: em um domingo, eu tive uma crise de ansiedade tão grande, que minha pressão aos 19 anos, chegou a 18 por 16, eu gelada, pálida, tinha certeza que não escaparia naquele dia, entrei carregada no hospital e fui direto para a urgência. Foram pouco mais de quatro horas para a pressão ficar pelo menos 14 po 10. Fui medicada com calmante, remédio para pressão, fiz um ecocardiograma, e exame de sangue ( acho que a médica achou que fosse álcool ( e eu nem bebo). E nunca usei drogas em toda a minha vida e nem tenho vontade e muito menos curiosidade. Fiquei no soro para urinar e ver se a pressão baixava, fizeram até dois chás de camomila, mas não tinha jeito! Eu estava muito ansiosa. Quando os exames estavam prontos, a médica chegou e diagnóstico: CRISE DE ANSIEDADE.

 Fui ao psiquiatra novamente. Dessa vez sem preconceito e comecei um tratamento diferente. Ah! Eu mudei de psiquiatra , porque o primeiro era mais doente do que eu, kkkkkkkk. 

Sabe, nunca me entreguei. Sempre alguém me levava ao médico e eles achavam que minhas acompanhantes eram as depressivas. Porque eu estava sempre com um sorriso no rosto e com um semblante feliz!!!

Quatro dias após essa crise forte, fui chamada para trabalhar na central do carnatal. Eu neguei , só que não né? Era o meu sonho! Eu fui! Uma amiga ia me levar, e um amigo me buscar. Sou grata a eles dois pelo o resto da minha vida! Consegui ficar até o ultimo dia de carnatal. Graças a Deus. E ainda fui eleita a melhor vendedora pelos cambistas e pelos clientes. Êta, época boa!!!

Chegou o dia que eu tanto temia: AO CHEGAR NA FACULDADE DE TURISMO, QUE CURSAVA NA ÉPOCA, PASSEI TÃO MAL, QUE TIVE QUE VOLTAR PARA CASA. E de tanto passar mal, eu simplesmente, tive que cancelar o curso, pois iria ser reprovada por falta. Eu chorei muito. Minha amiga me levou a praia, para tentar me acalmar, porque olhar o mar sempre me relaxou.

Passei sete anos com pânico, até o dia em que eu estava com uma consulta marcada, e minha mãe não iria chegar a tempo do interior, e eu precisava ir porque estava sem receita para comprar medicação. Eu tinha uma moto Pop, na época. Decidi ir sozinha , e dos dois um: ou eu voltaria do meio do caminho como uma derrotada, ou eu conseguiria chegar, ser consultada e voltaria como uma vencedora. E eu voltei como vencedora!E foi o dia em que venci o pânico! Nossa mente pode tudo, tanto nos fazer vencer, como nos derrotar. Nunca mais tive medo.

A drepressão continuou. Até que em 2010, eu arranjei um namorado, me apaixonei. Ele era um companheiro e tanto. Não vou expor nome de ninguém. E eu finalmente, larguei o antidepressivo, desmamei dessa vez e nunca mais precisei!!!

Só que eu enfrento um dilema, que pretendo dar fim: o tal do Rivotril. Esse remédio é viciante! É uma droga, literalmente. Muito dificil largar, porém, não é impossível. E a partir de hoje esse é o novo ciclo que eu quero que inicie... vou iniciar o desmame desse medicamento. Não é fácil! Já tentei muitas vezes, e fracassei! Mas, estou decidida!!! Quero ter minha vida normal de volta. Muitas vezes deixo de sair, de fazer coisas que eu gosto, porque tô tão grogue, que só quero é dormir. E eu tô nova! Quero viver e aproveitar cada segundinho da minha vida.

E é isso! Que venha esse novo ciclo da minha vida.

E sabe? Sou grata por tudo o que passei relatado acima, porque eu pude descobrir quem são meus amigos. E a gente não descobre na alegria, não. Ter amigos para sorrir contigo é muito fácil! Dificil é um amigo te estender a mão na tristeza. E eu agradeço de coração aos amigos verdadeiros.

E para quem sofre desse mal, ou tem alguém na família, deixo aqui minha dica: depressão, pânico, TOC, ou seja lá qual for o transtorno, não é coisa de doido não! E essas pessoas precisam além de um tratamento adequado, do apoio da família e amigos.

E principalmente, do médico dos médicos: JESUS CRISTO!!!

Espero ter ajudado.
Beijos.

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